quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cercig vai construir casa para alunos da formação profissional

A Cercig vai construir uma Unidade Habitacional de Apoio ao Emprego. O objectivo é ainda vir a ter, em breve, uma Residência com uma capacidade muito superior, onde possam ser acolhidos os vários utentes desta instituição.

Até ao final deste ano a Cercig da Guarda vai contar com uma Unidade Residencial de Apoio ao Emprego, com capacidade para acolher 12 formandos.

O projecto foi apresentado no final da semana passada e vai custar cerca de 100 mil euros, permitindo ao Centro de Reabilitação Profissional dar apoio a casos mais emergentes.

Para Virgílio Bento, presidente da direcção da Cercig, a concretização desta unidade vai suprimir uma lacuna que urgia ser colmata e que vai ter seguimento “será a primeira de três ou quatro vivendas que vamos fazer aqui neste espaço. Alem das oficinas, das salas de formação, passará assim também a haver uma residência, que irá responder a situações emergentes, que é esse o nosso objectivo”.

A Unidade Residencial de Apoio ao Emprego deve estar concluída em finais de Setembro, na Quinta da Torre, onde são levadas a cabo as actividades de formação profissional. O projecto é apoiado pelo Interreg, numa candidatura que foi apresentada em parceria com a instituição espanhola Asprodes.

A assinatura do contrato de construção da unidade residencial foi ainda aproveitada para uma visita às instalações recentemente remodeladas no Centro de Reabilitação Profissional onde houve um investimento considerável. No total foram ali gastos 140 mil euros, dos quais, 120 mil foram pagos pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Segundo Virgílio Bento as instalações agora remodeladas não tinham nenhumas condições “era um espaço construído nos anos 80 e que a partir daí poucas intervenções tinha tido, não tinha quaisquer condições e havia que mudar”.

“Nestas instalações chovia como na rua”

O presidente da direcção da Cercig lembra que no passado não haviam as condições mínimas para receber as pessoas, face à deteorização que as mesmas apresentavam “nestas instalações chovia como na rua, tectos todos podres, uma cantina que funcionava na cave e tinha as caixas de esgotos no meio do refeitório. Eram uns edifícios numa situação lastimável” recorda Virgílio Bento.

Os trabalhos de remodelação eram assim imperiosos, tendo sido elogiado o empenhamento dos formandos que participaram nas obras de recuperação dos edifícios “é um bom exemplo de gestão e do que deve ser a formação. Todos os trabalhos de carpintaria, serralharia e canalizações foram efectuados pelos formandos. A não ser assim, estaríamos a falar de valores muito superiores”.

Aposta na formação tem obtido resultados

Desde 2002, altura em que a Cercig recuperou a valência da formação profissional, o número de formandos aumentou de 36 para 60, tendo também o número de cursos oferecidos, aumentado de 5 para 7 formações oferecidas.

Entre 2002 e 2007 frequentaram os cursos de formação 134 formandos, com uma taxa de aprovação de 45 por cento, traduzida num elevado número de desistências, apesar de ter sido possível integrar no mercado de trabalho 22,5 por cento dos formandos que frequentaram os cursos.

Projecto de Unidade Residencial à espera de financiamento

Virgílio Bento admite que uma das grandes lacunas da instituição que dirige está na inexistência de uma residência onde possam ser acolhidos os utentes da Cercig, um projecto que permitirá instalar cerca de 40 pessoas. Apesar de se tratar de um objectivo que se prolonga pelos últimos quatro anos, o presidente da direcção está confiante na obtenção de fundos que permitam avançar com mais uma obra “foi candidatado ao Programa Pares duas vezes, mas esperamos que a partir deste momento haja condições para ser aprovado”. Virgílio Bento admite que a construção da residência permitirá dar cobro a uma angústia dos pais das crianças desta instituição “este não é só um projecto necessário para a Cercig, é um projecto necessário para a região, para estas crianças e jovens, que eu luto há 4 anos, para responder a uma angústia deste pais, sobre o que será dos filhos, quando os pais já não existirem. É preciso este tipo de estruturas para diminuir a angústia destes pais”, frisando ainda que “esta instituição só existe e tem razão de existir para apoiar esses jovens, os pais desses jovens, que tanto necessitam desta casa”.

O projecto está orçado em um milhão de euros mas para já ainda não existe uma data para que esta obra possa avançar.

Por: José Paiva

Fonte: http://www.novaguarda.pt/noticia.asp?idEdicao=123&id=6367&idSeccao=1346&Action=noticia

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