segunda-feira, 30 de junho de 2008

Formação de Adultos: Políticas e Práticas

Reconhecimento e Validação das Aprendizagens Experienciais. Uma problemática educativa - Ana Luísa de Oliveira Pires

Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências: Complexidade e novas actividades profissionais - Cármen Cavaco

A educação de jovens e adultos trabalhadores brasileiros no século XXI. O “novo” que reitera antiga destituição de direitos - Sónia Maria Rummert

Empregabilidade, contextos de trabalho e funcionamento do mercado de trabalho em Portugal - António José Almeida

E se a melhoria da empregabilidade dos jovens escondesse novas formas de desigualdade social? - Natália Alves

Sem‑abrigo: métodos de produção de narrativas biográficas - Susana Pereira da Silva
(...)

Clique na imagem para visualizar a revista em pdf

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Boas Práticas em Mértola

Mértola, Beja, 25 Jun (Lusa) - A Unidade Móvel Médico-Social (UMMS) de Mértola, com seis anos e reconhecida por instituições nacionais e internacionais, já percorreu mais de 68 mil quilómetros e fez 45.300 atendimentos para "cuidar da saúde" às povoações isoladas do concelho.

Adquirida pela Câmara Municipal de Mértola em 2002, a unidade, uma carrinha com mobiliário e equipamento médico, presta cuidados "ambulantes" de enfermagem e assistência social, sobretudo, a idosos e famílias desfavorecidas das freguesias rurais, além de identificar factores de risco e elaborar estratégias de prevenção, campanhas e acções de sensibilização.

Desde que se "fez à estrada" em Setembro de 2002, a unidade promoveu 42 campanhas e acções de sensibilização, percorrendo as 140 aldeias, povoações e montes dispersos pelos 1.279 quilómetros quadrados do concelho de Mértola, segundo dados fornecidos hoje à agência por Sandra Gonçalves, do Gabinete de Desenvolvimento Social da autarquia. (...)

Além de "melhorar a qualidade de vida" da população, através da prestação de cuidados de saúde e de assistência social, salientou Sandra Gonçalves, a unidade também tem contribuído para "combater o isolamento sócio-geográfico" dos idosos que vivem nas aldeias, povoações e nos montes isolados do concelho, além de reduzir os custos dos utentes com deslocações ao centro de saúde.

O trabalho da UMMS já foi reconhecido por várias instituições, nacionais e internacionais, e o mais recente galardão, entregue na semana passada, foi o Prémio Nacional de Boas Práticas na Administração Local, na categoria B (sustentabilidade local), pela Direcção-Geral das Autarquias Locais.

Além de ter sido seleccionada este ano pela Agência para a Modernização Administrativa para constar na nova iniciativa Rede Comum de Conhecimento, a UMMS venceu, em 2007, a categoria "Autarquias" dos Prémios Hospital do Futuro.

"Os prémios e o reconhecimento público são comprovativos de que o trabalho precursor da Unidade Móvel Médico-Social de Mértola é válido", disse hoje à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Mértola, Jorge Pulido Valente.
(...)


Fonte: Luís Miguel Lourenço, da agência Lusa

terça-feira, 24 de junho de 2008

Imigração: Parlamento Europeu aprova nova lei de repatriamento

O Parlamento Europeu aprovou em Estrasburgo a "directiva do retorno", a controversa lei que harmonizará a nível comunitário as regras para o repatriamento de imigrantes ilegais. O voto favorável da maioria da assembleia, que ocorre duas semanas depois do acordo alcançado entre os ministros do Interior dos 27, encerra um processo negocial que se prolongou durante anos, devendo a lei entrar em vigor em 2010. Contrariando as expectativas de uma votação muito cerrada, o texto foi aprovado por larga maioria, com 369 votos a favor, 197 contra e 106 abstenções, e sem qualquer emenda.

As bancadas da esquerda, incluindo os grupos socialista e comunista, haviam apresentado várias emendas ao documento e bastava que uma fosse aprovada pela maioria do hemiciclo para todo o processo negocial ter de recomeçar, mas os votos do Partido Popular Europeu, a principal força política da assembleia, e dos Liberais determinaram a adopção do texto tal como foi apresentado pelo Conselho.

Esta foi a primeira vez que o Parlamento Europeu teve poder de co-decisão numa disposição comunitária em matéria de imigração. A lei, que foi muito contestada por organizações de defesa dos direitos humanos e de imigrantes, não vai afectar o regime contido na Lei da Imigração, obrigando apenas a "reajustamentos cirúrgicos" relativamente ao apoio jurídico aos cidadãos com ordem de expulsão, segundo o ministério da Administração Interna.

Entre as principais disposições da directiva, conta-se o estabelecimento de um prazo máximo durante o qual os imigrantes ilegais podem ficar detidos, que será de seis meses, ampliáveis a 18 em casos excepcionais.

Por ocasião do acordo alcançado a nível dos 25, num Conselho de ministros do Interior realizado a 05 de Junho no Luxemburgo, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, sublinhou que a legislação portuguesa já consagra aos imigrantes em situação ilegal direitos superiores àqueles agora fixados a nível comunitário.

Contudo, o ministro defendeu que, "no conjunto da UE", a futura lei é positiva, pois melhorará os níveis actualmente existentes em muitos Estados-membros, apontando a título de exemplo que, se em Portugal o tempo máximo de detenção de um imigrante ilegal é e continuará a ser de 60 dias, bem inferior ao "tecto" agora fixado a nível da UE, em diversos Estados-membros os limites eram muito superiores ou simplesmente não existiam.

Diversas organizações de direitos humanos e movimentos políticos de esquerda consideram todavia a lei "desumana", condenando designadamente os prazos para a detenção de imigrantes ilegais sem culpa formada e a disposição que permite a detenção e expulsão de menores não acompanhados.

Fonte: Solidariedade 18.06.2008

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Profissão Educador Social: "Profissional do Triângulo"

Em tempo de reforma social, que temos vindo a vivenciar, há que enfatizar o papel que tem de assumir o Educador Social, enquanto agente de mudança.
Assim, nos mais diversificados contextos de intervenção, deste profissional, queremos particularizar a atenção para, a acção privilegiada que o Educador Social pode ter, junto de todos aqueles idosos que são marginalizados pela nossa sociedade. Sociedade essa, que de modo directo ou indirecto, tem "arranjado" mecanismos para não permitir a participação e intervenção desses mesmos idosos.
Com efeito, e segundo Alfredo Bruto da Costa (1998), "o problema social dos idosos, é um dos mais graves problemas sociais, e a maior parte das soluções em vigor é insatisfatória e contribui para criar nas pessoas e na opinião pública, a ilusão de que o problema vem sendo resolvido".
Importa assim, reflectirmos sobre qual o contributo que o Educador Social pode dar, não só, na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos idosos, como também de toda uma sociedade, tal como refere Corominas, "compete à sociedade melhorar a qualidade de vida do indivíduo, aquando do seu envelhecimento".
Actualmente, vivemos numa sociedade, que bem se pode designar por "sociedade do espectáculo", onde, só cabem os cidadãos que mantenham um vínculo com o trabalho, e os que consigam exibir-se de algum modo.
No que se refere ao trabalho, reside logo o grande problema para os idosos, pois com a chegada da reforma, deixam de ter vínculo com o trabalho, ou seja, deixam de "interessar" à sociedade.
Como assinala André Gortz "o que nós chamamos trabalho é uma invenção da modernidade. A forma em que o conhecemos, o praticamos e o situamos no centro da vida individual e social foi inventada e logo generalizada com a revolução industrial(...) é então graças ao trabalho remunerado que adquirimos nossa condição de cidadãos, conseguimos uma existência e uma identidade social, estamos inseridos numa rede de relações e intercâmbios sociais".
Assim, podemos dizer que, na cultura ocidental, o trabalho, porque é muito valorizado, é fundamental para a integração social e obviamente também para a exclusão.
Com efeito, durante o período profissional é exigido comprometimento total com a profissão, por isso, a maior parte das pessoas vê-se privada de muitas actividades extra -profissionais. A sociedade impõe necessidade do desempenho da profissão, e essa mesma sociedade exige mais tarde a cessação dessa função.
Face a isto, podemos dizer com toda a legitimidade, que toda a actividade de uma vida, termina com a chegada da reforma.
No entanto, a reforma não deve ser sinónimo de inutilidade ou inactividade, antes pelo contrário, ela deve proporcionar ao indivíduo um tempo de repouso e de relaxamento, mas também de valorização pessoal.
Porém, se esse momento não for devidamente preparado, poderemos estar, isto é, estamos mesmo, perante um problema que tem grandes probabilidades de desencadear graves consequências a nível psicossocial.
No que concerne à exibição de algo, e face aos valores que predominam, os idosos também não têm nada para oferecer à "sociedade do espectáculo".
Assim sendo, sem trabalho e sem ocupação do tempo, os idosos tornam-se num grupo estigmatizado, com óbvias dificuldades de integração na sociedade, apesar da sua forte vontade de estarem integrados.
Talvez por "problemas de consciência social" a tal "sociedade do espectáculo" tenta arranjar umas (pseudo)soluções. Destas, destacamos algumas formas de ocupação do tempo, tais como, os "passeios para idosos", as "colónias de férias para idosos", o "campismo para idosos", o "turismo para idosos", e porque está na moda, qualquer dia o "big brother para idosos", que não são mais do que meras formas desestruturadas e pontuais produzidas pela "sociedade do espectáculo".
A este respeito, Alfredo Bruto da Costa(1998) afirma: "quanto a essas actividades, é de notar que as mesmas tendem a agravar a «ghetização» dos idosos, ao desintegrá-los do resto da sociedade. Pondo-os a conviverem entre si, poderão atenuar a solidão, mas não proporcionam a possibilidade de conviverem com as outras idades, como é próprio da vida".
Enfim...
O que tenho a dizer, é que, é prioritário e mesmo imperioso que para os idosos exista uma ocupação em qualquer actividade que lhes dê prazer e os faça sentir úteis, pois, a falta de ocupação, tem efeitos nefastos sobre qualquer ser humano. No entanto, tais actividades têm que ser planificadas de um modo coerente e acima de tudo, enquadradas numa perspectiva humanista, e nunca, como têm sido, numa perspectiva de espectáculo, para a tal "sociedade do espectáculo", de tenho vindo a falar.
Há assim que ir contra à filosofia do individualismo que impera na nossa sociedade, na perspectiva de se recuperarem os sujeitos colectivos, de modo a caminhar-se para uma sociedade mais solidária. Então, é preciso mudar, e para isso, há que experimentar um pouco por toda a parte nas condições naturais, pois, a qualidade de vida dos idosos num futuro próximo, dependerá das mudanças na forma como a sociedade perceber e responder ao envelhecimento. Sociedade essa que, segundo Kofi Annan deve ser para todas as idades e longe de representar os idosos como doentes e aposentados, os deve considerar agentes e beneficiários do desenvolvimento.
Para isso, na minha perspectiva, há que ter em conta o triângulo, cujos vértices são: o trabalho, a reforma e as ocupações.
O principal agente dinamizador desse mesmo triângulo, deve ser o Educador Social, profissional melhor apetrechado para ajudar a construir projectos de vida, que tendo em conta essas três vertentes, evitará a marginalização do ser humano, quando idoso. Período de vida em que ainda há muito para dar, pois:
- os idosos ensinam a simplicidade;
- os idosos ensinam a interdependência;
- os idosos, com a sua busca de companhia, desafiam uma sociedade em que os mais fracos são frequentemente abandonados a si mesmos, lembrando a natureza social do Homem e a sua necessidade de voltar a tecer a rede de relações interpessoais e sociais.
Corrigir assim a actual representação negativa da velhice é um compromisso cultural e educativo que deve envolver todas as gerações, e que necessita do "profissional do triângulo", que é, sem sombra de dúvida, o Educador Social, que emerge nos dias de hoje, para assim, de modo decisivo contribuir para a valorização do SER sobre o TER, permitindo assim, caminharmos da "sociedade do espectáculo" para a "sociedade da integração".

Paulo Gaspar
Universidade Portucalense

Fonte: A Página

Seminário: "Envelhecer com Qualidade"

Sexta-feira dia 20 de Junho de 2008, vai decorrer no Auditório B da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança um Seminário de Gerontologia que tem como tema: "Envelhecer com Qualidade".
O seminário pretende captar o interesse de todos os estudantes e profissionais que intervêm directa ou indirectamente com a população idosa, para que juntos possamos promover um Envelhecimento com Qualidade.

Iram ser abordados temas tais como:
  • Certificação da qualidade em instituições.
  • Fitness para séniores.
  • Medicação em idosos.
  • Instalações e equipamentos para idosos.
  • Envelhecimento activo.

Podem encontrar toda a informação aqui.

Trabalho Infantil: Fenómeno poderá aumentar em Portugal devido à crise

O trabalho infantil poderá aumentar nos próximos tempos em Portugal devido à situação de crise e ao aumento do desemprego, alertou a vice-presidente da Confederação Nacional de Acção sobre Trabalho Infantil (CNASTI). Fátima Pinto disse que o trabalho infantil em Portugal tem vindo a diminuir, mas "é muito complicado dar por terminada esta realidade", uma vez que em qualquer momento, nomeadamente em situações de crise económica, poderá ser alterada. "Com o aumento do desemprego e em situações de miséria e de fome, as famílias recorrem a todos os meios para sobreviver. Se o pai não pode trabalhar, talvez o filho possa", sublinhou a responsável.

Crianças a trabalharem em fábricas ou na construção civil não constituem hoje uma realidade visível, uma vez que as coimas e a fiscalização são elevadas, segundo Fátima Pinto, que chamou a atenção para os casos de trabalho domiciliário, nova forma que as empresas, sobretudo de calçado e têxtil, encontraram para diminuir os custos em tempo de crise.

Nestes casos, os meninos e as meninas ajudam os pais a coser sapatos ou a cortar linhas em roupa, peças que são entregues diariamente nas fábricas em troca de alguns euros e essenciais para a alimentação da família. "O trabalho domiciliário é uma forma que as famílias pobres encontraram para arranjar dinheiro para comer. A fábrica paga ao fim do dia e assim têm dinheiro para a comida do dia seguinte", disse.

Maria do Carmo Tavares, da comissão executiva da central sindical GCTP, disse à Lusa que este tipo de trabalho acontece nas famílias com rendimentos baixos e residentes essencialmente na região Norte. "Sabe-se que há crianças que fazem este tipo de trabalho, mas não se sabe quantas são, nem quantas horas trabalham por dia. É um mundo privado que é difícil entrar", sublinhou, acrescentando que há casos denunciados.

Actualmente desconhece-se o número de crianças vítimas de trabalho infantil em Portugal e o último estudo, datado de 2001, referiu que eram cerca de 40 mil.

Na mensagem do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala a 12 de Junho, a CNASTI defende a "escola como alternativa ao trabalho". "A Escola é, e será sempre, a primeira instituição que as crianças encontram e deve ser um espaço capaz de formar cidadãos activos. Na Escola, o aluno é o centro do projecto educativo", lê-se na mensagem.

Fonte: Solidariedade, 12.06.2008

terça-feira, 10 de junho de 2008

Pobreza ZERO: Não à Crise Alimentar


Petição aos líderes do G8, da ONU, da União Europeia e de Portugal

Pedimos uma acção imediata contra a crise alimentar global adoptando as seguintes medidas: reformar o sistema de ajuda alimentar mundial; terminar com os incentivos à produção de biocombustíveis que conflituam com a alimentação humana; regular os mercados financeiros para eliminar a especulação sobre os produtos agro-alimentares; aumentar a ajuda pública ao desenvolvimento para a agricultura; criação de regras de comércio internacional mais justas.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Campanha da AMI: Recolha de Radiografias Velhas

Arranca no dia cinco de Junho mais uma campanha de reciclagem de radiografias da AMI, cujo valor da receita reverterá para acções sociais.
A campanha decorrerá ao longo de duas semanas em farmácias do continente e ilhas.
Por cada 10 toneladas de radiografias recicladas, obtém-se 10 quilos de prata.
Em 2007, com a recolha de 120 mil toneladas, a AMI angariou 199 mil euros, de acordo com o comunicado de imprensa.

Fonte: Sol

A região da Guarda num clique

Agora a região da Guarda já tem uma nova porta de entrada tecnológica. O Portal Regional já está online em www.guarda.pt

Este disponibiliza um directório regional, uma secção de notícias, secção de pecados, um blog que será um ponto de encontro das gentes de cá mas que estão fora, entre outros serviços úteis, como as farmácias de serviço do distrito.

Pequenos sobredotados ajudam crianças com deficiências

O pólo da Guarda da Associação Portuguesa das Crianças Sobredotadas (APCS) apresentou, no domingo à tarde, no Parque Urbano do Rio Diz, vários brinquedos adaptados para crianças com deficiências.
Estas construções resultam da aplicação dos seus conhecimentos na área da robótica para uma tarefa muito especial. O objectivo foi modificar alguns brinquedos electrónicos para que possam ser usados por crianças com incapacidades motoras e, assim, limitadas nas brincadeiras. A apresentação do "Projecto Contacto" aconteceu no Dia Mundial da Criança, que se celebra a 1 de Junho, no âmbito de uma parceria entre a APCS e a Associação Augusto Gil, o Agrupamento de Escolas da área urbana da Guarda e a CERCIG, com a qual o projecto deverá ter continuidade. Na cerimónia foram entregues alguns brinquedos a crianças ligadas a estas instituições e foram apresentados alguns robots que o pólo da Guarda tem levado a várias mostras e provas da especialidade. A coqueluche é a "Tartaruga", campeã nacional de dança robótica júnior, no escalão secundário.

Fonte: O Interior