quarta-feira, 25 de maio de 2011

Dia Europeu dos Vizinhos: "Já viu os seus vizinhos hoje?"

A Federação das Instituições da Terceira Idade (FITI) alerta, no âmbito do Dia Europeu dos Vizinhos, para a necessidade de contactar com os vizinhos para combater o isolamento e diminuir o número de idosos encontrados mortos em casa.

«Importa conhecer quem mora por perto ou na porta em frente e estimular a solidariedade concreta na ajuda recíproca ao vizinho, que se pode consubstanciar na partilha de refeições, na atenção aos filhos dos vizinhos ou na partilha de tarefas domésticas», afirmou à agência Lusa o presidente da FITI, José Carlos Borges Batalha.

Segundo a organização, os técnicos e auxiliares dos serviços domiciliários das instituições particulares de solidariedade social e os profissionais de saúde são muitas vezes «o único contacto com o exterior de muitos idosos».

A organização quer que o Dia Europeu dos Vizinhos, que se assinala hoje, seja mobilizador «no combate ao isolamento sobretudo dos idosos» e, por conseguinte, aos números de séniores encontrados mortos em casa.

Neste sentido, destacou, conhecer os vizinhos «promove a coesão social e cria novos laços de solidariedade».

Para o dirigente, a solidão e o isolamento sociais «são os vírus do presente», decorrente das mudanças demográficas e do aumento da esperança média de vida com que a sociedade «não soube nem é capaz de se adaptar».

O problema, sublinhou, afecta sobretudo as grandes cidades, em resultado da desumanização das relações sociais e do ritmo de vida, porque «as pessoas vivem à pressa, vivem cada uma a pensar nos seus problemas, no seu mundo e passam ao lado das realidades de tantas e tantas pessoas idosas que vivem sozinhas».

A FITI, citando dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), lembra que 35% dos idosos portugueses vivem sós, mais do que nos países da OCDE (25%).

Para o isolamento social dos idosos contribui a pobreza. De acordo com a OCDE, 16,6% dos idosos com mais de 65 anos de idade (contra 13,5% nos restantes países) vivem com menos de metade do rendimento médio dos agregados familiares.

Fonte: TVI24

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